sexta-feira, 28 de outubro de 2011

NO INTERIOR DA FORMA

De Poesias editadas
NO INTERIOR DA FORMA
(Victtoria Rossini)

Durante muitos anos
Nós mulheres
Fomos vistas e usadas
Como formas e "fôrmas"
(De prazer e de parir)

Esse tempo passou...
Hoje a própria mulher
Se impõe formas
Para agradar aos outros

E com os olhos fixos na forma externa
Não consegue ver sua essência
Nem alcançar
O lugar secreto dentro de si
Onde se aloja a Felicidade

R o ponto "F" esconde-se
Diminuto e invisível
Dentro de um corpo exposto...
Mas la dentro
Poucos tem o poder de enxergar
(Nem ela própria)
Por ter os olhos na aparência



SEM MEDO DE AMAR

De Poesias editadas
SEM MEDO DE AMAR
(Victtoria Rossini)

Não tenho medo de amar
Chorar
Voltar
Sofrer
Aprender..

Só tenho medo de não sentir nada
Ou de sentir muito por não ter tentado

Amar é o melhor da vida,
E se privar dessas sensações
(seja em que dimensão ou mundo for)
É viver pela metade

Se privar de sentir
Tocar
Delirar
Seja por medo ou precaução
É aleijume
Covardia
Trepanação do coração

Viver sem amor
E viver pela metade

OLHANDO PRO CORAÇÃO

De Poesias editadas
OLHANDO PRO CORAÇÃO
(Victtoria Rossini)

Um certo ar de nostalgia
Invadiu meu dia...
E a poesia (risos)
Virou canção do relembrar

Meus olhos já não olham pra fora
Olham pra dentro
E meu corpo
Se embala ao som de uma voz
Que hoje
Já não canta mais pra mim

terça-feira, 25 de outubro de 2011

A DANÇA DAS LEMBRANÇAS

De Poesias editadas
A DANÇA DAS LEMBRANÇAS
(victtoria Rossini)

Minhas lembranças
São uma presença
Dançando ao redor de mim

Me contando historias
Que eu não desejo ouvir

Pelas paredes rodam imagens
Visito ruas e paisagens
De um passado
Que não quer ir...

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

EU ME RECRIO

De Poesias editadas

EU ME RECRIO
(Victtoria Rossini)


"_ EU SOU ASSIM E NÃO MUDO!"
Diziam os dinossauros...

Flexibilidade e capacidade de adaptação
É a genética dos vencedores

Não importa a onda que vier
_ Eu nado!

Não importa o que já foi
_ Eu vivo sem!

Aprendo
Desaprendo
Reaprendo
Aprendo
Esqueço
E novamente me crio

Um cio criativo
Onde EU... Sou minha própria mãe.

A VOZ DOS SENTIDOS

De Poesias editadas
A VOZ DOS SENTIDOS
(Victtoria Rossini)

E na penumbra dos nossos sentidos...
Tatos
Fatos
Falo

Um toque
Da língua
Na língua
Fala

Do gosto
Do gozo
...Arde


E a mente
Sente
O que o corpo
Sozinho
Não sabe dizer

sábado, 8 de outubro de 2011

ECOS DA JORNADA

De Poesias editadas
ECOS DA JORNADA
(Victtoria Rossini)

No estranho silêncio em que meus pés caminham
Há musica de anjos
Aplausos de mãos invisíveis
Bençãos inaudíveis
E sorrisos a me incentivar

Mesmo que eu tropece
E que água (e arrego) eu peça
Nunca desisto de andar

Há prêmios na caminhada...
E o mesmo suor que me banha a fronte
É aquele que faz a ponte
(A diferença entre a inércia e o andar)

Levanto a cabeça e ando
Logo ali...
Há vitórias para me abraçar

terça-feira, 4 de outubro de 2011

PÉS CANSADOS

De Poesias editadas
PÉS CANSADOS
(victtoria Rossini)

Nas minhas horas caladas
Cala ainda mais fundo
A busca pelo que sou

Me vejo em cruzamentos
Com os pés paralisados
E os olhos sem visão

Tento encorajar meus pés para que andem
Mesmo que eu nem saiba bem, qual é o caminho..
Ergo-os até o céu... Toco-o
Danço nas nuvens
Giro , salto e de novo caio...

Sempre me disseram que fé é experiência...
Quem sabe se eu bater bem forte as minhas asas
Um dia voarei
E meus pés poderão descansar

domingo, 2 de outubro de 2011

ENTRELINHAS

De Poesias editadas
ENTRELINHAS
(Victtoria Rossini)

Poemas são entrelinhas

As vezes o silêncio fala mais que um discurso

O problema do silêncio é a cabeça do interpretador

Entrelinhas são perigosas
Tem pontos que são fendas
Tem hiatos que são pontes
Tem reticências que levam outros mundos
Tem frases...
Que quem queria dizer
Não falou

90% do texto
Ta na cabeça e na vida
Do interpretador

Apenas jogamos palavras
O leitor é o tradutor