sexta-feira, 30 de abril de 2010

SECRETUS


Secretus
(Victtoria Rossini)

Meu amor me pertence...
Pouco importa o que acham dele
Se o aceitam
Se o rejeitam
Se o ignoram

È ele que aquece
E preenche meu coração...
Salvarei as melhores lembranças
No secreto da minha alma
E seguirei em silêncio.
Mesmo que o ser amado
Nao mereça tanto amor.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

PRISIONEIRA


PRISIONEIRA
(Victtoria Rossini)

Jogada no chão da minha cela
Onde me amarrei por querer
Me tatuo com os cacos dos vidros
Que estouraram com o furacão
Que me tirou você

Sinto a carne ardendo
E isso faz eu esquecer
O prazer que era te ter

Me converti
Em prisioneira tua...
Mesmo sem querer

Percorro os labirintos escuros
Que me conduzem
Até onde mora tua lembrança

Ali é o quarto dos prazeres
Onde me entrego profana
Ao eco que ainda ressoa
E respondo aos teus gemidos de prazer

Você...
Minha cela
Minha perdição

domingo, 25 de abril de 2010

AMOR-TALHADO

De Poesias editadas


AMOR-TALHADO
(Victtoria Rossini)

As palavras de amor
Que você não disse...
Separou nossas vidas

Os beijos de amor
Que não ganhei...
Selaram nossos lábios

O prazer
Que você me negou...
Embalsamou nosso corpo

Os abraços
Que você não quis dar...
Paralisou nosso braços

Não adiantou nada
O Amor guardado
Na tua cripta

...Ele não sobreviveu...

Farei da frase oca:
“Mas eu amava você!...”
A nossa mortalha

Nos embrulharemos nela
E descansaremos em paz.
Aqui jaz

O GRITO DAS PALAVRAS

De Poesias editadas

O GRITO DAS PALAVRAS
(Victtoria Rossini)

URGENTE!
Me aposentem...

Quero parar de pensar
Quero o silêncio.

Essas palavras
Não param de gritar

Elas tem garras
Tem teias
Tem raizes
Tem unhas...

E estão sempre a se entranhar
Na minha pele
No meu sangue
Nos meus pensamentos...

E não tem vento
Que os possa levar
Não há borracha que apague
Não há isolante que cale
Essas palavras vivas
Que vivem a me rodear

Elas não tem hora
Não não tem forma
Nem lugar

As vezes quero calmaria
curtir o dia
relaxar

Mas não adianta!
Lá estão elas...
Sempre a me cortejar

sábado, 24 de abril de 2010

NOITE NUA

De Poesias editadas
NOITE NUA
(Victtoria Rossini)

Olhos..
Por horas a fixar o nada
Na paisagem nua

Nada aqui...
Também nada ali...

Lá...
Mas bem lá
A lua

Mais alem
A nudez de idéias
A aridez de esperança...

E a trança
Cai solta na face nua
Já nua dos sentimentos
Que por tanto tempo a animou

Sobre o corpo...
Nada

No coração...
A dor

quarta-feira, 21 de abril de 2010

FOGUEIRAS DAS PAIXÕES


FOGUEIRAS DAS PAIXÕES
(Victtoria Rossini)

Era um tempo de santidade
Em que o fogo ardia nas entranhas
Mas o espírito mantinha-se casto
Fiel ao amor e a tudo o que ele representava...

Mas a noite quando as fogueiras se acendiam
O pecado bailava nu nas chamas de Beltrame
E a fria feiticeira se tornava volúpia
Alucinando até o mais devoto cristão...

Era assim até o sol nascer...
Quando novamente a carne acalmava
E a terra esfriava seu furor

MEU MELHOR AMIGO

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De Poesias editadas

MEU MELHOR AMIGO
(Victtoria Rossini)


Meu melhor amigo
Mora do outro lado do mundo...


Ele não dorme quando eu durmo
Não acorda quando eu acordo
Mas come junto comigo
Teclando pra me acalmar

Não sei seu nome real...
Mas sei sobre ele
Tudo o que me interessa

Conheço sua lealdade
E vivo no seu coração
Assim como ele vive no meu
Entre nós não importa idade
Não importa a distancia
Não tem nada a ver cor, status ou aparência

Sei tudo da sua alma
Sei do seu amor
Isso é o que realmente interessa

A forma que usamos para nos tocar é virtual:
Coração a coração
Mas nossa amizade é bem real!

PESADELOS NA MADRUGADA


PESADELOS NA MADRUGADA
(Victtoria Rossini)

Era meia noite
E eu acordei ao teu lado...

Vi o luar sobre a cama
As nuvens fazendo sombra
Sobre o amor que dormia ali

Ouvi as batidas do relógio.
Havia chegado a hora
De acordar...E de partir...

Teu corpo não me pertence
E não sei se você sente
O mesmo que sinto por ti

Só sei que não adiantou nada
Todo o amor que eu senti

E para preservar o sonho
Saltei pela janela aberta
E acordei (realmente) aqui...

Estatelada na calçada
Com a alma ensangüentada
Apenas recordando o que vivi

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A DÁDIVA DA MORTE

A DÁDIVA DA MORTE
(Victtoria Rossini)

A morte
Mesmo não parecendo
É uma benção!
Ela nos da o esquecimento necessário
Para recomeçarmos do zero.

Um livro novo
Com novas pessoas
Um novo tempo
Novas experiências
Para expormos aqui
A nossa alma
E a nossa vida

Deixemos as vidas passadas lá onde estão
Lá é o lugar delas...
Sem atrás, não haveria frente!
(A dualidade tem o seu porquê)
Se você teimar em olhar pra trás
Inverterá o sentido da tua caminhada.

(Acredite: Eu já fiz esse caminho!)
E andei em círculos
Sem poder me desvencilhar
Porque as cordas que me prenderam um dia
Voltaram a me amarrar.

Perdi tempo
Perdi energia
Desperdicei novas chances
Pra aprender sobre um ontem
Que me trouxe exatamente onde estou.
(Um erro para quem como eu...
Está sempre pensando em mudar)

Quero novos caminhos
Novos conhecimentos
Quero me superar!
Por isso parei de olhar pra trás...

Se a vida deu a morte
(Sua consorte aqui)
A dádiva do esquecimento
Porque haveria eu de contrariar?

domingo, 18 de abril de 2010

UMA ROSA SOBRE O TRAVESSEIRO



UMA ROSA SOBRE O TRAVESSEIRO
(Victtoria Rossini)

Deixei uma rosa sobre o travesseiro...
Para você sentir o meu cheiro
E lembrar que eu estive aqui

Nunca ignorei os espinhos
Nem quis dela só a beleza
Foi por amor que vivi aqui

Se agora estou partindo...
Meu coração ta ficando.
Trago comigo teu rosto
As recordações do amor
O pranto

Uma rosa
Um amor
Uma vida
Deixo para ti!...
Esta em tuas mãos.
Faça o que quiser...

sábado, 17 de abril de 2010

EXPLOSÃO ELEMENTAR


EXPLOSÃO ELEMENTAR
(Victtoria Rossini)

Exagerada eu?!
Impressão tua!
Eu sou a própria expressão
Da voragem da paixão

Quando vento...
Sou tempestade
(Poucas vezes sou brisa leve)

Quando água...
Sou tsunami
( Em pequenas doses aplaco a sede)

Quando fogo...
Sou explosão
(Quando controlada sou farol)

Quando endurecida
Sou rocha
(Quando lúcida sou suporte)

Alquimia bruta
Num ser em transformação
Sempre resvalando
Entre os extremos
Numa sinfonia elementar

Quando você parar
Para me observar
Ja fui...

REAL GAME


REAL GAME
(Victtoria Rossini)

A forma como o destino
Arma suas tramas
Estende suas camas
Me parece surreal

Cria pontes do nada
No invisível abre estrada
Aproximando ao acaso
O que nunca poderia se juntar

Seres diferentes
Se vêem frente á frente
Obrigados a se olhar

Segredos são compartilhados
Palavras são jogadas
Sentimentos despertados
Sem até nunca se tocarem

Saltamos de prédios de expectativas
Nos jogamos de projetos-crenças
Que juramos nunca abandonar
(Sem medo de morrer la embaixo)
Porque sabemos que o objetivo do jogo
Nunca foi "nunca mais voltar!"

Grupos são dizimados
Outros são criados...
Tudo para experimentar!

E continuamos a jogar
O velho jogo da vida
Sem chegadas...Nem partidas
Nem vitórias homéricas a comemorar

Porque logo TUDO recomeça...
A vida recoloca as peças
(A vida nos prega peças)...
_ Somos jogadores ou personagens?

E rolam os dados
E voam os dardos
E caem os fardos...
Levantando e subindo “podiums”
Mostrando e escondendo cadafalsos

Mas somos viciados
Inveterados
A nos observar...
No velho jogo da vida

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A FORTALEZA DA SOLIDÃO

De Poesias editadas
A FORTALEZA DA SOLIDÃO
(Victtoria Rossini)

Meu coração
É meu ultimo refúgio

O local sagrado da minha emoção
Minha fortaleza da solidão

secreta
Mística
Envolta em névoas de magia
Invisível a multidão

Que olha nem desconfia...
Que aqui
Nesse norte
Aparentementemente gelado
É a morada do amor

quarta-feira, 14 de abril de 2010

CONSELHO DE AMIGA

CONSELHO DE AMIGA
(Victtória Rossini)

Amiga...
Nunca fique mendigando amor
De quem não te ama o suficiente
(Pra te entender
Te perdoar
Te aceitar)
Você corre o risco
De morrer de fome...

Quem não te ama
Jamais te nutrira
Quem não se importa
Jamais te protegerá

Não haverá palavras de carinho
Você não verá gestos de amor
E tuas prioridades
Nunca virão primeiro

Procure sempre
Alguém que te ame
Mais do que a si mesmo
Ou ao seu orgulho...
Mesmo que você não ame
Pelo menos saberá
Como é se sentir amada

E um ultimo conselho amiga:
Mantenha-se longe da tentação!
Antes morrer de inanição num deserto
Do que morrer virada para uma mesa farta
Que nunca te servirá um pão.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

ESCLARECIMENTO

De Caixa suspensa


ESCLARECIMENTO
(Victtoria Rossini)

Chega uma hora
Em que todo ser
Se dobra ao peso da verdade.

As Ilusões somem
E a clareza...Por mais dolorida que seja
Chega a consciência.

É o juízo final.

Não é o fim do mal...
Nem o começo de um bem
Mas o fechamento de um ciclo.

sábado, 10 de abril de 2010

A TUA PROCURA


A TUA PROCURA
(Victtoria Rossini)

Fecho os olhos e mergulho...
Não sei o que tem ali logo a frente...

Mas espero que você esteja lá...
Para me amparar
Me abraçar
E andar ao meu lado...

Aqui é escuro
Feio
Frio...
Por isso parto a tua procura:
Onde você estiver
Aí é o meu lugar.

Meu coração é meu guia!
Um guia louco
Cego
Que só ouve a sinfonia do amor
E marcha a tua procura.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

NADA A DECLARAR


NADA A DECLARAR
(Victtoria Rossini)

Um último encontro no meio do nada
Com palavras que não dizem nada
Sentimentos que não valeram nada
E um futuro que é nada.

Nada a declarar

Nada a chorar
Nada a guardar...
Porque no fim descobriu-se
Que era nada o que existia
Nada mais ficou
E nada subsistirá...

Nada a reclamar!
Já que fiz nada para preservar.

Nada a declarar...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

MIRAGENS DE NADA...NUM MUNDO DE ILUSÃO

De Poesias editadas

MIRAGENS DE NADA...NUM MUNDO DE ILUSÃO
(Victtoria Rossini)

Até o mais valente guerreiro
Se curva as circunstâncias
E aprende a recuar
Quando luta
Contra dragões invisíveis
Que não sucumbem à sua espada

Avanço...
Avanço...
Golpeio o ar
Sem respostas
Sem esperanças

Ouço apenas o eco seco da minha espada
As batidas das teclas...
E o silencio.

Hmm
Talvez
Pode ser
Entrelinhas...

Miragens de nada
Num mundo de ilusão

Hora de deletar o sonho.
E se preparar:
Novos mundos se abrirão!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

NOITE DA ALMA


NOITE DA ALMA
(Victtoria Rossini)

Quando a noite da alma chega
É hora de se recolher
Ao silêncio
A solidão...

E esperar a escuridão passar.

Sem medo das sombras
Nem das trevas
Que parecem se alastrar e ter vida própria,
Porque na própria escuridão a dor se move
O ódio corre
E os desejos de vingança voam
Com asas e radar de morcego
Reconhecendo o cheiro podre da reclamação
Do abandono
Da raiva
E do desgosto...

Já que tateio em terrenos desconhecidos
Só me resta uma coisa:
Fechar os olhos e dormir!
Bem quieta...

Logo a longa noite da alma se vai
E posso acordar e sorrir para o novo dia...
Que SEMPRE VEM!!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

UM DIA EU CRESÇO!


UM DIA EU CRESÇO!
(Victtoria Rossini)

Um dia você cresce...
E descobre que as pessoas mentem
Dissimulam...Fingem

E você não pode fazer nada:
A não ser aprender isso
E mesmo assim sobreviver
E não deixar de ser você
E não fazer igual

Um dia você cresce
E aprende a engolir a dor e sorrir.
E mesmo que queira morrer
Continuar em pé.

Um dia você cresce
E descobre que não pode
Por a SUA felicidade
Nas mãos dos outros

Mas aí...
Já é hora de morrer...