quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

MIRANDO OS OLHOS DO TEMPO

MIRANDO OS OLHOS DO TEMPO
(Victtoria Rossini)

Sequer pisco
Olhando as cortinas,
Se fecharem no horizonte

Eu e o tempo.
Ele indiferente
As fatias que os homens fizeram de sí...

E correm contra o relógio
Se escondem dentro dos copos
Abraçam-se a outros corpos
Consolando-se pelos dissabores...

Que não foram...Nem vieram
Foram sentidos apenas
Pelos sensíveis terminais nervosos
Das mentes em ebulição

Quantos são os homens
Que realmente se acharam?
Quantos se perderam?
Quantos hoje
Estão impotentes frente a si mesmos
Não sabendo sequer...Quem são

Sabem apenas
Que não chegaram onde os outros estão
(E a sensação de fracasso os esmaga)
Já nem importa quem ou o que são
Já que não são
O que queriam ser...
E sofrem

Mas o tempo indiferente
Dormita estagnado
Não se move em si
Nem pro presente
Nem pro passado
Nem pro futuro

Eu urro: MAIS UM ANO!
E o tempo me olha impassivel:
_ Mais um dia
Mais um ano
Mais um século
Que importa?
Tudo vai
Para o lugar de onde veio

4 comentários:

paulo disse...

"Mais um ano... E o tempo me olha impassível... "

Parabens amiga, por este lindo poema! Essa sensação de que estamos sempre perdendo alguma coisa com o ano que vai, mesmo o ano seguinte trazendo coisas novas! Então me agarro ao verso, que é tudo o que sinto ter na verdade! E do passar dos anos é tudo o que fica, mas ele não ajuda em nossa fragilidade!

Beijos e parabens por esta linda reflexão!

Anônimo disse...

linda poesia minha querida amiga , adorei parabens bjs

Victtoria Rossini Poesias disse...

É verdade Paulo.
Mas perdemos mesmo, cada hora que passou é mais graus que ja paasaram pela ampunheta do nosso tempo. :))
bjss

Victtoria Rossini Poesias disse...

Obrigada amigo!!
bjs