segunda-feira, 29 de novembro de 2010

DESNUDAS

DESNUDAS
(Victtoria Rossini)

Poetisas insensatas
Dançam nuas pelas praças
Para todo mundo ver

Rasgam seus vestidos
Expõe-se até ao ridículo
De chorar sem se esconder

Suas lagrimas lavam as calçadas
Algumas servem de asas
Pra quem não sabe viver


Adoro ver essas almas escancaradas
As "Clarices nossas" desvairadas
Fotografando as feridas
As cicatrizes que a vida
Sem dó nos presenteou

Espio-as pela janela...
Eu sei: Já fui uma delas
E gritei...Pra não morrer

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