DE LAGARTA A BORBOLETA
(Victtoria Rossini)
Sou borboleta!
Mas por ter sido lagarta
Sei o quanto metamorfoses doem.
Como lagarta
Cada perna que arrastei
Me ensinou algo
Foram passos longos
Alguns duraram dias...
Mas eu precisava
Cada folha que mastiguei
Só aproveitei delas
O que meu corpo pode absorver
Só o que assimilamos
Do que vivemos
Faz parte de nós
Só o que nos transforma
Em seres melhores
Vale a pena ser repetido
E o que não nos acrescenta mais nada
Deve ser largado conscientemente
Para seguirmos nosso caminho
Velhos casulos secos
Na beira da estrada
Também tem sua historia
6 comentários:
Ms belle Victória,
Como o fluir da pena sobre o pápel, escrinhavando letras, que se transformam em palavras; frases; paragrafos, etc. e ao final de tudo - despe-se, e nú, desnudo de todo o manto material e da psique, se encontra o texto...
São como os poemas que você escreve, e eu os vejo e sinto, toco-os, sem necessidade de colocar minhas mãos neles - sinto por eles: você..
Como poderia sentir-me só, quando você me acompanha...
Obrigado por existir... congratulations...
Yannich magreby
o0
Estou sem palavras Yannich!!
Surpresa e feliz, por conseguir cativar a atenção de alguem tão especial e tão atencioso, que le a alma em poucas palavras e diz tudo com algumas linhas.
Obrigada pelo carinho meu amigo.
\o/
Excelente elaboração poética...
Brincando com as palavras, domina-as, fazendo versos que teem vida própria...parabéns
Beijos no coração...feliz noite.
Olah!
Lindo poema!
Toda mudança é dolorosa... mas se não formos suficientemente corajosos para provocar nossas metamorfoses internas... ficaremos estagnados... a margem da vida... e assim não deixaremos nossas historias nos casulos secos na beira da estrada...
Para ti um trecho de um poema de Rubem Alves:
"Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.
Mil beijos poeta!
Belle de Jour :)
eita porra que historia , assim como tudo nesse espaço tem suas rasões dentro da metamofose ambulante...
a largata que rastejava e chingava Deus por isso , um dia dentro do casulo chinga mais ainda , antes só rasteja e agora dentro desse lugar , Deus do caralho a largata critava... e logo Deus deu as asas... e assim a largata pede perdão se arrepende e agradece a Deus .... pela lição da vida
Hello!
Belissima poesia... cujo tema leva-nos a refletir sobre a necessidade de repelir o medo que por vezes chega em nossas vidas e logo instala-se em nossos corações... impedindo-nos de ver o mundo que se descortina para alem do muro... como diz Fernando Teixeira de Andrade em “O Medo: O Maior Gigante da Alma”...
“(...) Esse medo que se enraíza no coração do homem impede-o de ver o mundo que se descortina para além do muro, como se o novo fosse sempre uma cilada, e o desconhecido tivesse sempre uma armadilha a ameaçar nossa ilusão de segurança e certeza. (...)
Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos (...) “
Congratulations!
Great day for you!
Big Kiss poet!
Minesse Braveheart
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